Nelson Pereira do Santos

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Cineasta paulista. Considerado o precursor do cinema novo. Nelson Pereira do Santos (22/10/1928-) nasce na cidade de São Paulo, onde se forma em direito. Cursa o Institut de Hautes Études Cinématographiques, em Paris. Em 1953 muda-se para o Rio de Janeiro, onde, a partir de 1957, trabalha como jornalista no Jornal do Brasil e no Diário Carioca. Faz também assistência de direção, montagem, produção e trabalha como ator. Estréia na direção com Rio 40 Graus (1954), filme com clara influência do neo-realismo italiano, que já representa, contudo, uma busca pela identidade nacional. Em 1965, torna-se professor da Universidade de Brasília e mais tarde leciona na Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Outros filmes de destaque são Rio Zona Norte (1957) e Como Era Gostoso o Meu Francês (1970), em que mostra a vida no Brasil quinhentista. Faz ainda vários filmes adaptados de obras da literatura brasileira, como Amuleto de Ogum (1974) e Jubiabá (1985), de Jorge Amado; e Memórias do Cárcere (1983), de Graciliano Ramos. Em 1994 roda A Terceira Margem do Rio, baseado em conto de Guimarães Rosa. Em 1995, filma Cinema de Lágrimas, originalmente concebido para TV em um projeto do British Film Institute comemorando os 100 anos do cinema. Em Guerra e Liberdade – Castro Alves em São Paulo (1998), mostra a visita do poeta à cidade em 1886. Lança em 2001 Meu Compadre Zé Ketti, tributo ao sambista carioca falecido dois anos antes. Em 2002 estréia a série para a TV inspirada na obra Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre. Lança Raizes do Brasil em 2004, onde trata da vida e obra de Sérgio Buarque de Hollanda. No mesmo ano é um dos homenageados pelo Festival de Cannes, que lembra os 40 anos da exibição de Vidas Secas (1963), adaptação do romance de Graciliano Ramos, no festival.



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