Artista, arquiteto, inventor e escritor italiano nascido em Anchiano, na Toscana, conhecido como o mais versátil gênio da Renascença. Filho ilegítimo de um advogado florentino, Piero da Vinci, com uma camponesa de nome Catarina, foi criado pelo pai. Informalmente educado pelo pai, ao revelar vocação para a pintura e o desenho, a pedido daquele, empregou-se como aprendiz (1467-1477) do famoso artista florentino, Andrea del Verroquio, que além de pintor era também ourives e escultor, o que exigia manobras com máquinas como talhas, guinchos etc, que movimentavam grandes pesos, o que aguçou sua curiosidade pela mecânica.
Recebeu a proteção de Lorenzo de Medici e deixou Verroquio para trabalhar sozinho (1477) e iniciou-se na pintura (1480) quando começou a pintar São Jerônimo, que deixou inacabado. No ano seguinte mudou-se para Milão e trabalhou na Adoração dos magos, encomenda dos monges de San Donato, em Scopeto, que também não acabou (1481).
Passando a trabalhar para Ludovico Sforza, desenvolveu vários projetos de engenharia militar, realizou estudos hidráulicos sobre os canais da cidade e, como diretor das festas promovidas pela corte, organizou competições, representações e torneios, para muitos dos quais desenhou cenários e figurinos. Paralelamente dedicando-se ao estudo da anatomia, física, botânica, geologia e matemática, mas sem abandonar a pintura, nesse período pintou algumas de suas obras-primas: a primeira versão da Virgem dos rochedos (1483) e a Última ceia (1495-1497), decorou a Sala delle Asse (1498) e trabalhou numa estátua eqüestre de Francesco Sforza, além de redigir o Trattato della pittura, só publicado 50 anos depois (1651).
Com a invasão de Milão pelas tropas francesas (1499), voltou para Florença. Acompanhou Cesare Borgia na campanha de Romagna, como arquiteto e engenheiro militar (1502). De volta a Florença (1503), começou a pintar Mona Lisa, uma de suas obras mais conhecidas (1503-1506). Durante o cerco de Pisa, desenvolveu um projeto para desviar o curso do rio Arno, de forma a cortar o acesso da cidade ao mar. Novamente em Milão (1506-1513), tornou-se conselheiro artístico do governador francês, Charles d'Amboise, e projetou para ele um novo palácio.
Contratado por Giuliano de Medici, irmão do papa Leão X, após o restabelecimento da dinastia Sforza, morou em Roma (1513-1516), onde aprofundou suas pesquisas ópticas e matemáticas. Com a morte de Giuliano (1516) e envolvido em intrigas do Vaticano, resolveu se mudar para Amboise, para trabalhar na corte de Francisco I, como primeiro-pintor, engenheiro e arquiteto do rei. Continuou então os estudos de hidráulica, ao mesmo tempo em que organizou cadernos de apontamentos e preparou festas para a corte.
Essencialmente um filósofo, mas diante de toda sua versatilidade, é considerado também engenheiro, mecânico, arquiteto, projetista, escultor, desenhista, pintor, geólogo, botânico, filósofo, músico e conhecedor de anatomia acima do nível de sua época, praticando repetidas e cuidadosas dissecações de animais e de cadáveres humanos, desenhando o que via. Na física, estudou os efeitos do atrito e enunciou definições para força, percussão e impulso. Estudou ainda as condições de equilíbrio sobre um plano inclinado e enunciou o teorema do polígono de sustentação da balança. Realizou pesquisas originais sobre os centros de gravidade, antecipando-se a Galileu, e idealizou uma máquina destinada a testar a resistência dos fios metálicos à tração.
Expressou os princípios elementares da continuidade, divulgou estudos básicos sobre escoamento de fluidos e sugeriu projetos de máquinas hidráulicas. Projetou uma roda d'água cujo princípio seria posteriormente utilizado para a construção da prensa hidráulica (1510). Aprofundou-se no estudo da reflexão e refração da luz, especialmente através do olho. Na mecânica determinou os princípios da construção de um aparelho mais pesado do que o ar, capaz de voar com a ajuda da força do vento.
Entre seus desenhos, incluem-se esboços de um aparelho bastante parecido com o helicóptero moderno e os esquemas de um pára-quedas e de um escafandro. Como projetista militar elaborou vários desenhos de canhões, metralhadoras, carros de combate, pontes móveis e barcos, bem como estudos sobre a melhor maneira de abordagem de um barco grande por um pequeno e o esquema de um submarino. Inventou também máquinas hidráulicas destinadas à limpeza e dragagem de canais, máquinas de fiar, trivelas, tornos e perfuratrizes. Também antecipou-se aos urbanistas com seus projetos de cidades.
Na pintura conhecem-se apenas cerca de 12 telas de autenticidade indiscutível. Muitas de suas obras se perderam, foram destruídas ou ficaram inacabadas. Pouco antes de morrer, no castelo de Cloux, perto de Amboise, na França, em 2 de maio (1519), nomeou seu discípulo predileto, Francisco Melzi, herdeiro de todos os valiosos estudos, desenhos e anotações que deixava. Melzi preservou cuidadosamente a herança, mas com sua morte, cerca de cinqüenta anos após a do mestre, os manuscritos se dispersaram. Conservaram-se cerca de 600 desenhos, que representam talvez a terça parte de sua vasta produção. Por falta de interesse e como não sabia latim e nem tinha instrução universitária que lhe dessem prática literária, não publicou nenhuma obra literária.
O que se conhece e se pode avaliar deste gênio é através de suas anotações particulares, repletas de projetos de aparelhos mecânicos. Seu Tratado sobre a pintura é um dos livros mais influentes da história da arte. Foi o maior representante do Renascimento, um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna, do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma como seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser dividido em quatro períodos: Duocento (1200-1299), Trecento (1300-1399), Quattrocento (1400-1499) e Cinquecento (1500-1599).
Recebeu a proteção de Lorenzo de Medici e deixou Verroquio para trabalhar sozinho (1477) e iniciou-se na pintura (1480) quando começou a pintar São Jerônimo, que deixou inacabado. No ano seguinte mudou-se para Milão e trabalhou na Adoração dos magos, encomenda dos monges de San Donato, em Scopeto, que também não acabou (1481).
Passando a trabalhar para Ludovico Sforza, desenvolveu vários projetos de engenharia militar, realizou estudos hidráulicos sobre os canais da cidade e, como diretor das festas promovidas pela corte, organizou competições, representações e torneios, para muitos dos quais desenhou cenários e figurinos. Paralelamente dedicando-se ao estudo da anatomia, física, botânica, geologia e matemática, mas sem abandonar a pintura, nesse período pintou algumas de suas obras-primas: a primeira versão da Virgem dos rochedos (1483) e a Última ceia (1495-1497), decorou a Sala delle Asse (1498) e trabalhou numa estátua eqüestre de Francesco Sforza, além de redigir o Trattato della pittura, só publicado 50 anos depois (1651).
Com a invasão de Milão pelas tropas francesas (1499), voltou para Florença. Acompanhou Cesare Borgia na campanha de Romagna, como arquiteto e engenheiro militar (1502). De volta a Florença (1503), começou a pintar Mona Lisa, uma de suas obras mais conhecidas (1503-1506). Durante o cerco de Pisa, desenvolveu um projeto para desviar o curso do rio Arno, de forma a cortar o acesso da cidade ao mar. Novamente em Milão (1506-1513), tornou-se conselheiro artístico do governador francês, Charles d'Amboise, e projetou para ele um novo palácio.
Contratado por Giuliano de Medici, irmão do papa Leão X, após o restabelecimento da dinastia Sforza, morou em Roma (1513-1516), onde aprofundou suas pesquisas ópticas e matemáticas. Com a morte de Giuliano (1516) e envolvido em intrigas do Vaticano, resolveu se mudar para Amboise, para trabalhar na corte de Francisco I, como primeiro-pintor, engenheiro e arquiteto do rei. Continuou então os estudos de hidráulica, ao mesmo tempo em que organizou cadernos de apontamentos e preparou festas para a corte.
Essencialmente um filósofo, mas diante de toda sua versatilidade, é considerado também engenheiro, mecânico, arquiteto, projetista, escultor, desenhista, pintor, geólogo, botânico, filósofo, músico e conhecedor de anatomia acima do nível de sua época, praticando repetidas e cuidadosas dissecações de animais e de cadáveres humanos, desenhando o que via. Na física, estudou os efeitos do atrito e enunciou definições para força, percussão e impulso. Estudou ainda as condições de equilíbrio sobre um plano inclinado e enunciou o teorema do polígono de sustentação da balança. Realizou pesquisas originais sobre os centros de gravidade, antecipando-se a Galileu, e idealizou uma máquina destinada a testar a resistência dos fios metálicos à tração.
Expressou os princípios elementares da continuidade, divulgou estudos básicos sobre escoamento de fluidos e sugeriu projetos de máquinas hidráulicas. Projetou uma roda d'água cujo princípio seria posteriormente utilizado para a construção da prensa hidráulica (1510). Aprofundou-se no estudo da reflexão e refração da luz, especialmente através do olho. Na mecânica determinou os princípios da construção de um aparelho mais pesado do que o ar, capaz de voar com a ajuda da força do vento.
Entre seus desenhos, incluem-se esboços de um aparelho bastante parecido com o helicóptero moderno e os esquemas de um pára-quedas e de um escafandro. Como projetista militar elaborou vários desenhos de canhões, metralhadoras, carros de combate, pontes móveis e barcos, bem como estudos sobre a melhor maneira de abordagem de um barco grande por um pequeno e o esquema de um submarino. Inventou também máquinas hidráulicas destinadas à limpeza e dragagem de canais, máquinas de fiar, trivelas, tornos e perfuratrizes. Também antecipou-se aos urbanistas com seus projetos de cidades.
Na pintura conhecem-se apenas cerca de 12 telas de autenticidade indiscutível. Muitas de suas obras se perderam, foram destruídas ou ficaram inacabadas. Pouco antes de morrer, no castelo de Cloux, perto de Amboise, na França, em 2 de maio (1519), nomeou seu discípulo predileto, Francisco Melzi, herdeiro de todos os valiosos estudos, desenhos e anotações que deixava. Melzi preservou cuidadosamente a herança, mas com sua morte, cerca de cinqüenta anos após a do mestre, os manuscritos se dispersaram. Conservaram-se cerca de 600 desenhos, que representam talvez a terça parte de sua vasta produção. Por falta de interesse e como não sabia latim e nem tinha instrução universitária que lhe dessem prática literária, não publicou nenhuma obra literária.
O que se conhece e se pode avaliar deste gênio é através de suas anotações particulares, repletas de projetos de aparelhos mecânicos. Seu Tratado sobre a pintura é um dos livros mais influentes da história da arte. Foi o maior representante do Renascimento, um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna, do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma como seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser dividido em quatro períodos: Duocento (1200-1299), Trecento (1300-1399), Quattrocento (1400-1499) e Cinquecento (1500-1599).