DOM ANTÔNIO - PRIOR DO CRATO

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Antônio, prior do Crato
D. Antônio, filho ilegítimo do duque Luís de Beja -- irmão do rei D. João III de Portugal --, nasceu em Lisboa em 1531. Desde tenra idade sentiu-se atraído pela religião e, ainda muito jovem, entrou para a Ordem de São João ou de Malta. Em 1555 alcançou a categoria de prior do Crato. Em 1578, acompanhou D. Sebastião I em sua expedição ao norte da África, onde, na batalha de Alcácer-Quibir, ocorreram a morte do soberano e a prisão do prior. Após ser libertado, Antônio voltou a Portugal e reclamou o trono, mas sua pretensão foi negada por Henrique (o último irmão vivo do rei João) e, depois da morte deste, pelo conselho do reino.

As sucessivas derrotas infligidas por Filipe II ao prior do Crato provocaram a sujeição do reino de Portugal à coroa espanhola. Mas a tenaz resistência de D. Antônio constituiu um exemplo de consciência nacional para as gerações portuguesas vindouras.

Em junho de 1580, o prior do Crato se proclamou rei em Santarém, com o nome de Antônio I. Filipe II da Espanha, que era neto de Manuel I de Portugal por linha materna, enviou a Lisboa um exército comandado pelo duque de Alba. D. Antônio foi derrotado e, em 16 de abril de 1581, as cortes portuguesas de Tomar reconheceram Filipe II como soberano. D. Antônio se refugiou na França, de onde organizou duas expedições navais aos Açores (1582 e 1583), repelidas pela esquadra espanhola. Depois dessas derrotas, o prior foi para a Inglaterra. A rainha Elizabeth I lhe ofereceu ajuda e, em 1589, D. Antônio empreendeu nova expedição, dirigida por Francis Drake, que também terminou em malogro.

Derrotado e doente, D. Antônio retornou a Paris, onde continuou a planejar iniciativas bélicas que nunca veria realizadas. Morreu na capital francesa em 26 de agosto de 1595.

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