Religioso sul-africano (7/10/1931-). Nascido em Klerksdorp, no Transvaal, estuda na Escola Normal de Joahannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Depois de trabalhar como professor secundário, ordena-se sacerdote anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estuda teologia na Inglaterra. Em 1975, é o primeiro negro a ser nomeado deão da catedral de Santa Maria, em Johannesburgo. Sagrado bispo, dirige a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se torna secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul. Sua proposta para a sociedade sul-africana inclui direitos civis iguais para todos; abolição das leis que limitam a circulação dos negros; um sistema educacional comum; e o fim das deportações forçadas de negros. Sua firme posição anti-apartheid – a política oficial de segregação racial – lhe vale, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Recebe o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos Estados Unidos (EUA), do Reino Unido e da Alemanha. Em 1996, preside a Comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul após a extinção do apartheid. Tem poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime. Em 1997, divulga o relatório final da comissão, que acusa de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid. Ainda no mesmo ano, anuncia que vai começar uma série de tratamentos nos Estados Unidos contra um câncer na próstata, mas continua em atividade na Comissão. Em 2000, curado da doença, volta ao seu país e reassume o trabalho como ativista pela paz, lançando no mesmo ano o livro No Future Without Forgiveness.