Pintor e caricaturista fluminense. Um dos primeiros artistas plásticos a representar temas nacionais – favelas, operários, soldados, marinheiros, festas populares. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo (6/9/1897 - 26/10/1976) nasce no Rio de Janeiro e estréia no Salão dos Humoristas em 1916. Em 1917 começa a pintar sob influência da art nouveau. É um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. No ano seguinte viaja para Paris, onde convive com grandes nomes da pintura, como Léger, Matisse e Picasso, diferenciando-se pelo emprego de cores quentes e vivas. Retorna ao Brasil em 1925 e passa a fazer desenhos para revistas. Na 1ª Bienal de São Paulo (1951) expõe como convidado especial e, na Bienal seguinte (1953), recebe o prêmio de melhor pintor nacional, ao lado de Alfredo Volpi. Na 2ª Bienal Interamericana de Arte, no México (1960), obtém sala especial e conquista a Medalha de Ouro. Ilustra livros, desenha jóias e tapetes e escreve os livros Viagem da Minha Vida (1955) e Reminiscências Líricas de um Perfeito Carioca (1964). É particularmente famoso pelos seus belos retratos de mulatas. Entre suas pinturas mais famosas estão Samba (1925), Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), Mulata Sentada (1936), Ciganos (1940) e Cenas da Bahia (1960). Morre no Rio de Janeiro.