Escritor e diplomata maranhense (21/6/1868-26/1/1931). Nascido em São Luís, José Pereira da Graça Aranha forma-se em direito no Recife. Ingressa na carreira diplomática e serve em Londres, Oslo, Haia e Paris. Em 1897, mesmo sem ter nenhum livro publicado, é membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Seu romance Canaã, lançado em 1902, causa grande impacto. Por abordar um tema social, a obra é inovadora para a época. Pronuncia duas conferências, em 1922 e 1924, conclamando seus pares acadêmicos a aderir ao espírito renovador do modernismo. Numa memorável sessão da Academia, em 1924, põe-se à frente dos renovadores e enfrenta os passadistas liderados por Coelho Neto. As conferências de 1922 e 1924 são depois reunidas no livro O Espírito do Moderno (1925). Em 1930 publica o romance A Viagem Maravilhosa, sem ter o mesmo êxito de Canaã. É autor também de A Estética da Vida (1920) e da peça Malazarte, escrita simultaneamente em português e em francês e encenada em Paris. Morre no Rio de Janeiro, antes de concluir a autobiografia O Meu Próprio Romance, lançada postumamente.