Escritor alagoano. Um dos principais nomes da geração modernista dos anos 30, autor de Vidas Secas. Graciliano Ramos (27/10/1892-20/3/1953) nasce em Quebrângulo, o primogênito de quinze irmãos. Depois de concluir os estudos secundários, trabalha como jornalista e comerciante. Em 1928 é eleito prefeito de Palmeira dos Índios (AL), mas renuncia dois anos depois. Muda-se, então, para Maceió, onde exerce os cargos de diretor da Imprensa Oficial do Estado e da Instrução Pública de Alagoas. Em 1933 lança seu primeiro romance, Caetés, e mantém contato com escritores da vanguarda nordestina, como José Lins do Rego, Jorge Amado e Rachel de Queiroz. Em 1934 publica uma de suas obras-primas, São Bernardo. Acusado de subversão comunista em 1936, fica preso por 11 meses no Rio de Janeiro, cumprindo parte da pena no extinto presídio da Ilha Grande. Narra a experiência no livro Memórias do Cárcere (1955). Após ser libertado, continua a viver e a trabalhar no Rio como jornalista e inspetor de ensino. Na década de 40, já consagrado como um dos maiores romancistas brasileiros, filia-se ao Partido Comunista. Em 1952 viaja para a União Soviética e outros países socialistas do Leste Europeu, descrevendo suas impressões no livro Viagem, publicado postumamente. Com linguagem precisa e preocupação social, sua obra é um exemplo da abordagem da literatura como meio de conhecimento e mudança da realidade, típica da segunda geração modernista. Entre seus livros se destacam ainda Angústia (1936), lançado durante o período de prisão, e Vidas Secas (1938). Morre no Rio de Janeiro.