ADOLFO AIZEN

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Editor baiano (1907-1991), nascido na cidade de Juazeiro, um dos responsáveis pela popularização das histórias em quadrinhos no Brasil. Tendo mudado na adolescência para o Rio de Janeiro, inicia a carreira de jornalista no jornal fluminense O Malho. Numa de suas reportagens, visita os Estados Unidos e impressiona-se com o sucesso dos quadrinhos no país – na época, personagens como Flash Gordon e Tarzan criavam legiões de fãs. Aizen compra os direitos dos personagens da King Features Syndicate para publicá-los no Brasil. Em 1934, com o apoio de patrocinadores, lança no jornal A Noite o Suplemento Infantil com quadrinhos estrangeiros e nacionais – estes, assinados por Monteiro Filho. A iniciativa teve estrondoso sucesso; a publicação, a partir do 14º. número, torna-se independente e é rebatizada de Suplemento Juvenil. Em 1945, Aizen funda a Editora Brasil América (Ebal), dedicada exclusivamente a quadrinhos. Além de publicar produções americanas (Marvel, DC Comics, Disney, Mandrake, Fantasma, Dick Tracy), lança muitos artistas brasileiros, como Fernando Dias da Silva, Mário Jacy, Arcindo Madeira, Miguel Hochman, Mário Pacheco, Sálvio, Celso Barroso, Alcyro e Antonio Euzebio. Aizen "quadriniza" os clássicos da literatura (Edições Maravilhosas), a vida dos santos (Série Sagrada) , fatos históricos brasileiros (História do Brasil) e chega a lançar cerca de 40 revistas por mês. Só o Suplemento Juvenil chega à tiragem de 360 mil exemplares por edição. Com o decorrer do tempo e o acirramento da concorrência, sua editora vai perdendo os direitos de publicação de vários personagens estrangeiros e, partir de 1983, passa a dedicar-se apenas a livros infantis. Em 1981, aos 84 anos, Aizen morre no Rio de Janeiro. Em sua homenagem, a União Brasileira de Escritores instituiu o Prêmio Adolfo Aizen para autores de literatura infantil.



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