ADOLFO CAMINHA

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Escritor cearense. Um dos principais representantes do naturalismo no Brasil, sua obra, densa, trágica e pouco apreciada na época, é repleta de descrições de perversões e crimes. Adolfo Ferreira Caminha (29/5/1867-1º/1/1897) nasce na cidade de Aracati. Ainda na infância se muda com a família para o Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa na Marinha de Guerra, chegando ao posto de segundo-tenente. Cinco anos mais tarde se transfere para Fortaleza, onde é obrigado a dar baixa, depois de seqüestrar a esposa de um alferes, com a qual passa a viver. Trabalha como guarda-marinha e começa a escrever. Em 1893 publica A Normalista, romance em que traça um quadro pessimista da vida urbana, "esse acervo de mentiras galantes e torpezas dissimuladas". Vai para os Estados Unidos e, das observações da viagem, resulta No País dos Ianques (1894). No ano seguinte provoca escândalo, mas firma sua reputação literária ao escrever Bom Crioulo , obra na qual aborda a questão do homossexualismo. Colabora também com a imprensa carioca, em jornais como Gazeta de Notícias e Jornal do Comércio. Já tuberculoso, lança o último romance, Tentação, em 1896. Morre no Rio de Janeiro.



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