Retícula, Cor, Luz (1961);
Elevação Vertical com Movimento Horizontal (1955).
Participou da Bienal de 1955, quando conheceu Luiz Sacilotto, que o convidou a participar das reuniões do Grupo Ruptura. Com o grupo, expôs na I Exposição Nacional de Arte Concreta (MAM-SP, 1956; MAM-RJ, 1957), e na mostra Konkrete Kunst (Zurique, 1960). “Nós criávamos o futuro das artes plásticas. Sacilotto, Waldemar Cordeiro, Charoux, o Wollner, Maurício Nogueira Lima, eu Fiaminghi. Nós fizemos a nossa História. (...) Ninguém pode contar esta história, sem citar a história do Concretismo. (...) Quando eu estava na fase concreta, o que eu procurava era fugir de uma temática que se pudesse fazer uma estória em cima dela. Eu eliminei a estória com a pintura concreta. A estória é ela mesma, ela própria, a pintura, ela está lá, está viva. O quadro perpetua aquilo que sua cabeça pensou. Eu não faço quadros, eu penso o quadro.” (Telescópio.inf.br.)
Em 1959, desligou-se do Grupo Ruptura. Passou a desenvolver um trabalho de pesquisa da cor-luz, sendo considerado o precursor da utilização da retícula gráfica nas artes plásticas. Esta experiência foi influenciada por seus conhecimentos em litografia, e por conversas com Alfredo Volpi, que Fiaminghi havia conhecido na década de 50. Em 1963, reuniu-se novamente com os artistas concretos na fundação da Galeria Novas Tendências. Em 1969, criou e dirigiu o Ateliê Livre de São José dos Campos. Podemos ver a influência que a arte concreta deixou em sua obra neste depoimento de 1975, em palestra no Instituto de Estudos Brasileiros da USP: “as obras concretas têm em comum a cor e a forma como funções principais e não os estímulos delas decorrentes. (...) O movimento pela cor e pela forma, a composição de elementos múltiplos e seriados, a linha delimitando espaços virtuais, o campo visual do quadro predeterminado, a intermitência pela cor-luz: são algumas temáticas da linguagem concreta abordadas pelos pintores e escultores concretistas em suas obras”.