Imperador Romano do Oriente (450-457) e obscuro tribuno militar nascido na Ilíria, indicado como sucessor de Teodósio II por influência de Aspar, posição legitimada após seu casamento com Pulchéria, irmã mais velha de Teodósio II e proclamada augusta (414). De uma família de militares, seguiu a carreira servindo inicialmente em Filipópolis, na Trácia. Contrário ao pagamento de tributos aos hunos, matou o favorito ao trono, o poderoso eunuco e camareiro Crisáfio, e teve a sorte de Atila ter morrido logo depois, evitando uma guerra de retaliação. No trono adotou uma política diferente em vários aspectos da de seu predecessor. Seu feito mais importante foi a reforma das finanças imperiais, tarefa facilitada pela inexistência de ameaças militares durante seu reinado. Também modificou as decisões do Concílio de Éfeso, em Calcedônia (451), o que possibilitou a reaproximação do papa Leão I Magno (440-461) e da corte ocidental. Muito ligado à Igreja, morreu em Constantinopla (457) com a idade de 65 anos, supostamente vítima de gangrena em uma das pernas, e foi enterrado na Igreja dos Apóstolos, ao lado da esposa Pulcheria.