HULDRICH ZWINGLI - LIDER RELIGIOSO SUIÇO

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Zwingli, Huldrich
Principal líder da Reforma na Suíça, Zwingli não deixou uma igreja organizada, mas suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas.

Huldrich Zwingli nasceu em Wildhaus, cantão de Sankt Gallen, Suíça, em 1º de janeiro de 1484. Estudou nas universidades de Viena e Basiléia, e aos 22 anos ordenou-se e ocupou a paróquia de Glarus, onde conheceu as idéias de Erasmo. Transferiu-se em 1516 para Einsiedeln. Foi nomeado pregador do colegiado de Zurique em 1518, quando passou a criticar a corrupção eclesiástica.

A partir de 1522, ano em que se casou secretamente com Anna Reinhard, Zwingli se empenhou na obra da Reforma. Partindo do princípio de que só a Bíblia contém a doutrina necessária para a salvação, preparou 67 breves artigos de fé. Neles afirmava que Cristo é o único chefe da igreja e que a salvação se opera pela fé. Em De vera et falsa religione commentarius (1525; Comentário sobre a verdadeira e a falsa religião), negou o caráter sacrificial da missa, a salvação pelas obras, a intercessão dos santos, a obrigatoriedade dos votos monásticos, a existência do purgatório. Afirmou o caráter simbólico eucaristia, divergindo de Lutero, que tomava de firma literal as palavras de Cristo "este é o meu corpo".

Dada a importância política da Suíça, os papas não inteferiram diretamente e, com o apoio de autoridades suíças, as transformações foram rápidas: casamento de padres e freiras (o próprio Zwingli tornou público seu casamento em 1525), batizados e enterros de graça, eliminação das imagens e relíquias, além da transformação de conventos em escolas e supressão da missa. A expansão da Reforma suíça, porém, foi limitada. Cantões rurais conservadores, ao lado de Lucerna, opuseram-se às reformas e criaram uma frente de resistência em 1524.

Zwingli tentou sem êxito a aliança entre Zurique, França e a Savóia, mas conseguiu organizar uma Aliança Cívica Cristã, que em 1529 já contava com vários cantões, iniciando-se a luta armada. Decidido a pôr fim ao perigo de intervenção imperial, em face da hostilidade dos cantões católicos, Zwingli instou o Conselho de Zurique a atacá-los e, ao acompanhar as tropas como capelão, encontrou a morte em batalha, perto de Kappel, em 11 de outubro de 1531.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

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