AFONSO VI - REI DE PORTUGAL

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Afonso VI de Portugal
Afonso VI de Portugal nasceu a 21 de agosto de 1643 em Lisboa, filho de D. João IV e de D. Filipa de Gusmão. Em 1656, morto D. João IV e seu primogênito, D. Teodósio, Afonso subiu ao trono, mas sua mãe passou a governar o país como regente. A regência prolongou-se até 1662, pois D. Afonso, desde criança hemiplégico e tido como débil mental, não parecia capaz de dirigir o reino.

Celebrado por uma série de vitórias militares contra a Espanha, o reinado de Afonso VI foi marcado por disputas entre seus partidários e os de Pedro, seu irmão. Nesse longo processo, o rei perdeu sucessivamente seu casamento, seu reinado e finalmente a liberdade.

Em 1662 Afonso chamou a si o trono, no bojo de uma manobra liderada por Luís de Vasconcelos e Sousa, terceiro conde de Castelo Melhor, que se tornou sua eminência parda. Em seu governo Portugal reorganizou as finanças e praticamente completou a obra da restauração, vencendo os espanhóis em Ameixial em 1663, Castelo Rodrigo em 1664 e Montes Claros  em 1665.

Contudo, o rei era contestado por seu irmão, o infante D. Pedro, futuro Pedro II, apoiado pela nobreza e beneficiado pela generalizada opinião de que Afonso não teria condições de governar. D. Pedro aliou-se com a mulher de D. Afonso, D. Maria Francisca Isabel de Savóia, que conseguiu o direito de assistir aos conselhos de estado e ajudou a incompatibilizar o rei com Castelo Melhor.

Com o apoio de grande parte da aristocracia e de manifestações de descontentamento popular, D. Maria Francisca e D. Pedro levaram o rei a assinar uma declaração de renúncia ao governo. A 1o de janeiro de 1668, as cortes depuseram formalmente D. Afonso VI e nomearam príncipe regente a D. Pedro.

Anulado o casamento de Afonso VI sob alegação de incapacidade, D. Francisca casou-se com D. Pedro. Quanto a D. Afonso, viveu após a deposição como virtual prisioneiro em Sintra e no arquipélago dos Açores, até sua morte, a 12 de setembro de 1683, em Sintra.

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