Alcântara Machado
Antônio Castilho de Alcântara Machado de Oliveira nasceu em São Paulo SP
em 25 de maio de 1901. Formado em direito, começou ainda estudante a
trabalhar como jornalista. Após uma temporada na Europa, impregnou-se
das idéias de vanguarda e assumiu ostensiva posição de combate pela
renovação literária, ao lado de Oswald de Andrade, como redator da
Revista de Antropofagia.
O mundo do imigrante italiano e seus esforços de integração a São Paulo deram a Alcântara Machado, modernista de primeira hora, a temática e o estilo no qual ele escreveu seus contos.
Publicou Pathé-baby (1926), suas impressões de viagem, e em seguida os dois livros de contos pelos quais se tornaria lembrado como expoente do gênero: Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928). Em edições póstumas saíram Mana Maria (1936) e Cavaquinho e saxofone: solos (1940), coletânea de seus artigos e ensaios antropofágicos escritos entre 1926 e 1935.
Espontâneo e forte, seu estilo tornou-se original sobretudo por estar vazado numa nova linguagem, que trouxe para a literatura brasileira as expressões mais típicas e o modo de falar ítalo-paulistano. Sem conhecer grande sucesso em vida, mas valorizado por gerações posteriores. Alcântara Machado morreu no Rio de Janeiro RJ em 14 de abril de 1935.