Duque de Alba
Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel, terceiro duque de Alba, nasceu em
Piedrahita, província de Ávila, Espanha, em 29 de outubro de 1507.
Distinguiu-se no sítio de Fuenterrabía (1524), onde os espanhóis
derrotaram os franceses. As campanhas subseqüentes fizeram dele um
notável chefe militar. Nos Países Baixos, a imagem do duque de Alba é de crueldade e intolerância religiosa. Para a Espanha, porém, ele representa os valores da velha nobreza castelhana, orgulhosa e altiva, mas leal à coroa.
Derrotou os príncipes alemães da Liga Schmalkalden (1546-1547), e a vitória que obteve em Mühlberg levou o imperador Carlos V ao auge de seu poder. Alba foi nomeado comandante das forças imperiais na Itália (1552) e, após a sucessão de Filipe II da Espanha, tornou-se vice-rei de Nápoles (1556). Enviado em 1556 aos Países Baixos, no comando de um exército de dez mil homens, a fim de punir os rebeldes e extirpar a heresia, Alba agiu com extrema crueldade. Derrotou a insurreição dos geuzen (em francês, Gueux), guerrilheiros calvinistas holandeses (1572), e repeliu as invasões comandadas por Luís de Nassau, a quem derrotou em Heminger (1568), e pelo príncipe Guilherme de Orange, a quem expulsou do Brabante (1568). Mas, por falta de uma esquadra, não conseguiu retomar aos geuzen todos os territórios ocupados.
Envolvido em intrigas palacianas, foi chamado à Espanha (1573), que só deixou de novo em 1580 para comandar a invasão de Portugal. Em dezembro do mesmo ano, Filipe II o nomeou Condestável de Portugal e lhe concedeu a Ordem do Tosão de Ouro. Fernando Álvares de Toledo morreu em Lisboa em 11 de dezembro de 1582.