Alberto de Seixas Martins Torres nasceu em Porto das Caixas, Itaboraí
RJ, em 26 de novembro de 1865. Por pressão paterna, ingressou na
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1880. Transferiu-se para a
Faculdade de Direito de São Paulo em 1882. Já abolicionista e
republicano, ajudou a fundar nessa cidade o Centro Abolicionista e a
revista Ça Ira, destinada a difundir os ideais republicanos.
As idéias abolicionistas e republicanas de Alberto Torres evoluíram para uma concepção nacionalista da história, que influenciou o integralismo. Suas últimas obras defendem o nacionalismo, a miscigenação e a necessidade de fortalecimento do poder executivo, idéias que marcaram a constituição de 1934.
Formou-se em Recife em 1885 e no ano seguinte iniciou atividades jornalísticas e políticas no Rio de Janeiro, então capital federal. Colaborou na publicação Vida Moderna (1886) e fundou em 1889, em Niterói RJ, o jornal O Povo. Elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte do estado em 1892 e deputado à primeira legislatura federal em 1893. Exerceu os cargos de ministro da Justiça e Negócios Interiores em 1896 e presidente do Rio de Janeiro de 1897 a 1900. Em 1901 tornou-se ministro do Supremo Tribunal Federal e, seis anos depois, assumiu a direção do influente jornal O País, em que assinava uma coluna sobre questões internacionais.
Em 1909, aposentado, publicou dois livros de caráter pacifista: Vers la paix (1909; A caminho da paz) e Le Problème mondial (1913; O problema mundial). Suas principais obras -- A organização nacional e O problema nacional, publicadas em 1914 -- reúnem artigos publicados no Diário de Notícias, entre 1910 e 1911, e no Jornal do Comércio, em 1912. Neles, afirma que o Brasil deveria aproveitar as lições dos outros povos, sem lhes copiar as instituições, as quais "deveriam resultar da própria natureza do país". Seu último livro, As fontes da vida no Brasil (1915), dá prosseguimento à defesa do nacionalismo étnico-social. Alberto Torres morreu no Rio de Janeiro RJ em 29 de março de 1917.