ALFONSO REYES - LITERATO MEXICANO

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Alfonso Reyes
Alfonso Reyes Ochoa nasceu em Monterrey, México, em 17 de maio de 1889. Em seus anos de estudante de direito, na Cidade do México, foi um dos líderes do Ateneu da Juventude e se revelou crítico original com Cuestiones estéticas (1911). Após graduar-se em 1913, Reyes iniciou carreira diplomática em Paris. Transferiu-se para Madri, onde trabalhou no Centro de Estudos Históricos. Embaixador em Buenos Aires, em 1927 e 1936, e no Rio de Janeiro, em 1930, foi também representante cultural do México em conferências da UNESCO.

Um dos mais destacados literatos da América espanhola do século XX, o poeta e crítico Alfonso Reyes estimulou a pesquisa literária e estética mexicana.

Paralelamente à carreira diplomática, Alfonso Reyes publicou obras eruditas e criativas em poesia e prosa. Sua produção poética revela a influência do neogongorismo dos espanhóis modernos e da poesia francesa de Stéphane Mallarmé e Paul Valéry. Em ensaios de caráter pessoal, como Visión de Anáhuac (1917), no poema dramático Ifigenia cruel (1924), nos ensaios Reloj de sol (1926) e Simpatías y diferencias (1921-1926), propôs nova visão do México, que integrasse a síntese indígena e hispânica com a pesquisa sociológica. Nas poesias de Huella (1922; Marca), Pausa (1926), Romance del Río de Enero (1933), Infancia (1935), entre outros, e nos diálogos e esquetes de El plano oblicuo (1920) usou sua formação clássica como veículo de sensibilidade e imaginação.

Com o ensaio crítico Cuestiones gongorinas (1927; Questões gongóricas) e estudos em colaboração com G. Foulché-Delbose, recuperou a poesia de Luis de Góngora para os participantes do movimento literário conhecido como geração de 1927. Dedicou ao principal representante desse movimento a Cantata en la tumba de Federico García Lorca (1937). Outros ensaios críticos exerceram influência na América espanhola, entre os quais Capítulos de literatura española (1939) e La experiencia literaria (1942).

Ao regressar definitivamente ao México, em 1939, Reyes converteu-se em patriarca da literatura mexicana. Crítico e erudito versátil, especializou-se em literatura grega clássica, assim como na espanhola do chamado Século de Ouro. Também traduziu para o espanhol obras inglesas e francesas. Publicou livros de viagens e crônicas autobiográficas, como El testimonio de Juan Peña (1930). Em 1955, iniciou a publicação das Obras completas e dois anos mais tarde foi eleito presidente da Academia Mexicana da Língua. Alfonso Reyes morreu na Cidade do México, em 27 de dezembro de 1959.

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