ALFRED ADLER - PSICANALISTA AUSTRÍACO

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Alfred Adler
Alfred Adler nasceu em Penzing, na Áustria, em 7 de fevereiro de 1870. Formou-se em medicina na Universidade de Viena, dedicando-se à neuropsiquiatria. Em 1901 conheceu Freud e, impressionado com sua nova teoria e seus trabalhos à frente da Sociedade Psicanalítica de Viena, passou a integrar o grupo. Já em sua primeira obra, Studie über Minderwertigkeit von Organe und die seelische Kompensation (1970; Estudo sobre a inferioridade dos órgãos e sua compensação psíquica) afirmou sua concepção original: muitos comportamentos normais e patológicos seriam tentativas, com êxito ou inadequadas, de resolver as frustrações desencadeadas por inferioridades físicas, que impedem a pessoa de alcançar suas finalidades.

Adler foi um dos primeiros soldados do "bravo exército", na expressão do próprio Freud, de integrantes da Sociedade Psicanalítica de Viena, mas também o primeiro a provocar sua divisão, por desejar conferir à psicanálise uma maior preocupação com temas sociais.

Em 1911, no Congresso de Weimar, Adler rompeu definitivamente com Freud e seus seguidores, fundando a Sociedade de Psicanálise Livre. Sobrevindo a primeira guerra mundial, entrou para o exército austríaco como médico e, terminada a guerra, voltou-se principalmente para os problemas da criança, organizando em Viena as primeiras clínicas dessa especialidade. A partir de Über den nervösen Character: Grundzüge einer vergleichenden Individualpsychologie und Psychotherapie (1912; O temperamento nervoso: estudo comparado da psicologia individual e da psicoterapia), definiu claramente sua própria teoria psicológica, que desenvolveu e completou em sua obra mais conhecida, Menschenkenntnis (1927; Conhecimento do caráter humano).

Na concepção de Adler, a questão da neurose deve ser tratada no âmbito estrito da "psicologia individual", isto é, das reações de cada pessoa, especialmente na infância, às circunstâncias familiares e sociais que ela tenta dominar. Como o conflito com as pressões externas, em grande parte dos casos, não permite à criança o domínio ou controle da situação, ela é tomada pelo "sentimento de inferioridade", que representaria o lado feminino da pessoa humana. Ao esforço em sentido contrário chamou de "protesto masculino" ou, em termos nietzschianos, a "vontade de poder", sendo seu principal resultado a "supercompensação". A incapacidade de chegar a esse ponto transformou o "sentimento de inferioridade" em "complexo de inferioridade", estado psíquico de desequilíbrio, neurose, tendendo a se expressar, cada vez mais, pela agressividade.

Deixando de lado o inconsciente, as funções da libido e outros componentes fundamentais da visão freudiana, Adler concebia a saúde emocional como um ajustamento da personalidade ao "interesse social". Morreu em Aberdeen, na Escócia, em 28 de maio de 1937.

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