ALFRED DREYFUS - MILITAR FRANCÊS

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Alfred Dreyfus
Dreyfus nasceu em Mulhouse, França, em 19 de outubro de 1859, numa família de judeus alsacianos. Seguiu a carreira militar e, em 1894, quando era capitão de artilharia junto ao Estado-Maior do Exército, foi acusado de vender segredos militares aos alemães. O Ministério da Guerra francês, pressionado por uma campanha anti-semita e nacionalista que se desencadeou no país, agilizou o julgamento de Dreyfus, que nesse mesmo ano foi condenado, por um conselho de guerra, à prisão perpétua e à degradação militar.

Condenado injustamente por traição, Alfred Dreyfus foi protagonista de um processo que empolgou a opinião pública mundial e trouxe à tona sentimentos anti-semitas.

Anos mais tarde, o tenente-coronel Georges Picquart descobriu que, na verdade, quem tinha passado informações aos alemães fora o comandante Marie-Charles-Ferdinand Walgin Esterházy, que, julgado por um conselho de guerra em janeiro de 1898, foi absolvido. A partir desse momento, o caso Dreyfus provocou uma comoção nacional. Criaram-se na França duas correntes de opinião, hostis e inconciliáveis, numa atmosfera de guerra civil: a primeira, de tradição clerical, monarquista e conservadora, opunha-se à revisão do processo, alegando razões de segurança nacional; a outra, republicana, radical e laica, integrada por muitos intelectuais, exigia a revisão do processo em nome da justiça e da verdade.

Em agosto de 1898, o comandante Hubert-Joseph Henry admitiu que forjara peças dos autos com a finalidade de incriminar Dreyfus. Foi autorizada então a revisão do processo e houve novo julgamento no ano seguinte. Não se revogou a sentença de Dreyfus, mas o escândalo mundial suscitado pelo fato levou o governo a conceder-lhe indulto. Uma segunda revisão, em julho de 1906, concluiu pela inexistência de provas e anulou a condenação. Dreyfus foi reintegrado ao Exército e agraciado com a Legião de Honra. Durante a primeira guerra mundial, chegou ao posto de tenente-coronel. Novos documentos encontrados em 1930 demonstraram definitivamente sua inocência e o reabilitaram  diante da opinião pública. Alfred Dreyfus morreu em Paris, em 12 de julho de 1935.

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