ALGERNON CHARLES SWINBURNE - POETA INGLÊS

Algernon Charles Swinburne
Algernon Charles Swinburne nasceu em Londres, Inglaterra, em 5 de abril de 1837. Filho de almirante e neto de condes, passou a infância na ilha de Wight. Estudou em Eton e Oxford, mas abandonou a universidade, sem se formar, em 1860. Ainda estudante, ligou-se aos pré-rafaelitas e, em especial, a Dante Gabriel Rossetti, que pintou seu retrato em aquarela. Por volta de 1861 conheceu as obras eróticas do marquês de Sade, das quais se aproximou com sua própria poesia, cuja acentuada sensualidade foi motivo de escândalo.

Admirador de Shelley e autor de extensa obra crítica, Swinburne criou uma poesia que se deleita com a pura musicalidade, pelo abuso de efeitos como a aliteração e as rimas. Politicamente influenciado por Victor Hugo e Giuseppe Mazzini, entusiasmou-se com as lutas pela liberdade na Itália, na França e na Polônia e cantou-as em versos arrebatados. No fim da vida, contudo, assumiu posições conservadoras.

Consagrou-se com a tragédia lírica Atalanta in Calydon (1865), espécie de hino, em versos encantatórios, à Grécia antiga. Publicou a seguir, entre muitos outros, Poems and Ballads (1866; Poemas e baladas) e Songs Before Sunrise (1871; Canções antes do amanhecer). Sua admiração pelo teatro elisabetano levou-o a escrever uma trilogia sobre Maria Stuart, iniciada com a peça Chastelard (1865) e completada com Bothwell (1874) e Mary Stuart (1881).

Entre seus estudos críticos destacam-se as monografias sobre Shakespeare (1880), Victor Hugo (1886) e Ben Jonson (1889). Após trinta anos de uma vida reclusa, a que a saúde debilitada o forçara, Swinburne, admirado na França como precursor do simbolismo, morreu em Londres em 10 de abril de 1909.

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