ALMIRANTE BARROSO - MILITAR BRASILEIRO

Almirante Barroso
 Brasileiro por força da constituição imperial de 1824, Francisco Manuel Barroso da Silva nasceu em Lisboa, a 29 de setembro de 1804, e chegou ao Brasil com quatro anos de idade. Formado pela Academia de Marinha do Rio de Janeiro em 1821, galgou todos os postos da hierarquia naval, atingindo o vice-almirantado em 1856. Já então se destacara por sua atuação em combates navais, especialmente os travados durante a guerra cisplatina. Distinguira-se também na luta contra a Cabanagem, no Pará, sobretudo na retomada da povoação de Igarapé-Mirim, em 1836.

Artífice da vitória brasileira na memorável batalha do Riachuelo, na guerra do Paraguai, o almirante Barroso distinguiu-se pela capacidade de inovar táticas navais em plena campanha.

Durante a guerra do Paraguai, comandou a 2ª Divisão Naval, que apoiou a reconquista de Corrientes, na Argentina, em 1865. Nesse mesmo ano, no dia 11 de junho, obteve a vitória de Riachuelo, no rio Paraná. Colhido de surpresa na volta de Riachuelo, Barroso empregou seus navios a vapor como aríetes para pôr a pique as embarcações inimigas. A vitória nessa batalha -- que causou a morte do comandante Pedro Ignacio Meza e a destruição da maior parte da esquadra paraguaia -- foi decisiva para a ulterior vitória dos aliados. Assegurou a hegemonia brasileira nas comunicações fluviais com o Paraguai e facilitou a rendição das forças de Solano López no Rio Grande do Sul. Também provocou o isolamento do general Estigarribia às margens do rio Uruguai e o abandono de Entre Rios pelo general Robles. Ainda em 1865, Barroso quebrou a resistência paraguaia nas passagens de Mercedes e de Cuevas, tomando parte, posteriormente, nos combates de Curuzu e Curupaiti, já na fase de contra-ofensiva dos aliados.

Agraciado por D. Pedro I com o título de barão do Amazonas, em lembrança do cruzador que comandara em Riachuelo, Barroso foi nomeado comandante-chefe da esquadra brasileira em 1868, reformando-se cinco anos depois. Falecido em Montevidéu em 8 de agosto de 1882, teve seus restos mortais trasladados, em 1908, para um monumento erguido em sua homenagem na praia do Russel, Rio de Janeiro, obra do escultor José Otávio Correia Lima.

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