Gaspard II de Coligny, senhor de
Châtillon, nasceu em Châtillon-sur-Loing, França, em 16 de fevereiro de
1519, e foi educado na religião católica. Depois de servir na Itália e
apoiar a criação de uma colônia de huguenotes no Brasil, foi derrotado
numa guerra contra a Espanha e permaneceu prisioneiro dos espanhóis
durante dois anos (1557-1559). Na prisão converteu-se ao protestantismo,
mas sua conversão, no entanto, foi mais política do que religiosa.
Atraído pela severa filosofia calvinista, ele viu na Reforma um sistema
ideal para a manutenção da ordem, justiça e disciplina.
A atuação do almirante Coligny foi decisiva para a criação, em 1555, de uma colônia de huguenotes (protestantes franceses) no Rio de Janeiro, que acabou destruída pelos portugueses.
A atuação do almirante Coligny foi decisiva para a criação, em 1555, de uma colônia de huguenotes (protestantes franceses) no Rio de Janeiro, que acabou destruída pelos portugueses.
Tornando-se protetor dos huguenotes, para os quais exigiu tolerância religiosa, Coligny, durante certo tempo, gozou da proteção de Catarina de Medici e do chanceler Michel de L'Hospital, mas ganhou a inimizade da poderosa família Guise. Participou da guerra civil religiosa de 1562, que resultou na paz de Saint-Germain, vantajosa para os huguenotes.
De volta à corte em 1571, passou a exercer grande influência sobre o rei Carlos IX. Catarina, mãe do rei, e o duque de Guise tramaram um frustrado atentado contra Coligny. Temendo ser descoberta, Catarina convenceu o filho de que os huguenotes preparavam uma vingança contra ele. Num acesso de raiva, o rei ordenou o assassínio dos líderes huguenotes, o chamado massacre da Noite de São Bartolomeu. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, mercenários de Henrique de Guise invadiram a casa de Coligny, em Paris, e o assassinaram.