Álvaro Lins
Álvaro de Barros Lins nasceu em Caruaru (PE), em 14 de dezembro de 1912.
Cursou a Faculdade de Direito de Recife, onde publicou o ensaio
Universidade como escola de homens públicos (1933). Foi secretário de
gabinete do governador (1934) e secretário de governo. Com o golpe de
estado de 1937, desistiu da política e se mudou para o Rio de Janeiro.
Em 1940, passou a trabalhar como crítico de literatura no Correio da
Manhã. Sua opinião era capaz de construir ou demolir uma reputação
literária. Foi chefe da Casa Civil do presidente Juscelino Kubitschek,
que o nomeou, em 1956, embaixador em Portugal, durante um período de
delicadas crises políticas naquele país, decorrentes do movimento de
oposição a Salazar.
Frustrado em seus planos políticos pelo golpe de estado de 1937, Álvaro Lins resolveu mudar-se de Recife para o Rio de Janeiro, onde se tornou um dos mais importantes críticos literários de sua época.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Álvaro Lins tornou-se catedrático de literatura do Colégio Pedro II em 1956, com a tese A técnica do romance em Marcel Proust. Destacam-se ainda em sua vasta obra História literária de Eça de Queiroz (1939), Jornal de Crítica (1941-1963), Roteiro literário do Brasil e de Portugal (1956), em colaboração com Aurélio Buarque de Holanda, Missão em Portugal (1960), Os mortos de sobrecasaca (1963) e O relógio e o quadrante (1964). Álvaro Lins morreu no Rio de Janeiro, em 4 de junho de 1970.