AMADOR BUENO - POLÍTICO BRASILEIRO

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Amador Bueno
Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado, nasceu em São Paulo (SP), onde também parece ter falecido (século XVII). Proprietário de terras cultivadas por escravos indígenas, presidiu a câmara municipal da vila de São Paulo e exerceu outros cargos, como os de ouvidor e capitão-mor da capitania de São Vicente.

O episódio de sua aclamação sucedeu à Restauração portuguesa. Em 1º de dezembro de 1640 ocorreu em Portugal o levante nacionalista que libertou o país do domínio espanhol, extinguindo a União Ibérica criada em 1580. Vitorioso o movimento, foi aclamado rei o oitavo duque de Bragança, sob o nome de D. João IV. No Brasil, a rebelião anticastelhana foi apoiada graças às providências tomadas pelo vice-rei D. Jorge de Mascarenhas, marquês de Montalvão. 

A aclamação de Amador Bueno como rei de São Paulo, posta em dúvida por alguns historiadores, é tida,  pelos que a tomam por verídica, como uma das primeiras manifestações autonomistas do Brasil colonial.

Na vila de São Paulo existia uma minoria relativamente importante de imigrantes espanhóis, ali estabelecidos durante a União Ibérica. Foi para tentar impedir a adesão dos paulistanos à independência de Portugal que essa minoria promoveu a aclamação de Amador Bueno como rei. Mas o plano falhou pela recusa do próprio aclamado, que se refugiou no mosteiro de São Bento e protestou lealdade a D. João IV. A intervenção do abade, dos monges e de outras figuras prestigiosas encerrou o episódio, sem maiores conseqüências. Em 3 de abril de 1641, a vila de São Paulo aderiu à Restauração portuguesa.

A aclamação de Amador Bueno foi contestada no século XIX por historiadores como Cândido Mendes de Almeida e Moreira de Azevedo. Sua veracidade foi, porém, comprovada por Afonso d'Escragnolle Taunay, que se baseou em pesquisas originais e em dois autores da época, Pedro Taques (1714-1777) e frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800).

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