INÁCIO JOSÉ DE ALVARENGA PEIXOTO - POETA BRASILEIRO

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Inácio José de Alvarenga Peixoto
Inácio José de Alvarenga, que só por volta de 1769 acrescentou a seu nome literário o sobrenome Peixoto e se assinava também, como integrante da Arcádia Mineira, com os pseudônimos de Alceu e Eureste Fenício, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1º de fevereiro de 1742. Doutor em leis pela Universidade de Coimbra, foi juiz de Cintra, regressando ao Brasil (1775) como ouvidor de Rio das Mortes (atual São João del-Rei). Aí casou-se com Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, a quem dedicou alguns de seus melhores versos.

Inconfidente e poeta brasileiro, do qual restam apenas alguns sonetos e uma pequena obra laudatória, Alvarenga Peixoto ocupa uma posição mediana entre os três grandes árcades (Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga) e os numerosos versejadores ativos na segunda metade do século XVIII, em Minas Gerais.

Proprietário de lavras no sul de Minas, tomou parte na Inconfidência, ao que parece, por ser contrário às pesadas taxações do reino. Preso, negou sua participação no movimento, mas mesmo assim foi condenado à morte, pena comutada para o degredo na África (1792).

Teria escrito, segundo a tradição, o drama lírico Enéias no Lácio, desaparecido. Suas composições existentes, reunidas em Obras poéticas (1865) por Joaquim Norberto, foram reproduzidas por Péricles Eugênio da Silva Ramos na antologia Poesia do ouro (1964). Embora tenha escrito versos de lealdade a D. Maria I e ao marquês de Pombal, Alvarenga Peixoto permaneceu desterrado e morreu no presídio de Ambaca, em Angola, em 27 de agosto de 1792.

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