Alphonse-Marie-Louis de Prat de Lamartine nasceu em Mâcon, França, em 21
de outubro de 1790. Pertencia à pequena aristocracia católica e estudou
com os jesuítas. Em Nápoles, em 1812 apaixonou-se por uma jovem
plebéia, Antoniella, que lhe inspirou muitos de seus versos. Após a
queda de Napoleão, Lamartine ingressou na guarda pessoal de Luís XVIII, e
dedicou-se, depois, à carreira diplomática. Em 1820 publicou as
Méditations poétiques, que marcaram o início do romantismo na França. Em
1829 o poeta já ingressou na Academia e em 1830 publicou Harmonies
poétiques et religieuses, que reúne o melhor de sua produção.
Autor de alguns dos poemas mais conhecidos da língua francesa de seu tempo, Lamartine foi dos primeiros a expressar sentimentos e motivos caracteristicamente românticos.
Ao retornar, em 1833, de uma viagem pelo Oriente, Lamartine foi eleito deputado. Chegava, nessa fase, à maturidade de sua obra, com o vasto poema metafísico Visions, concebido como "epopéia da alma" e de que só concluiu dois segmentos, Jocelyn (1836), sobre um padre em conflito com o celibato, e La chûte d'un ange (1838; A queda de um anjo), cujo protagonista, descendo à Terra, apaixona-se por uma mulher. Em 1848, o poeta participou da revolução e do governo provisório, e tornou-se ministro do Exterior. Militou a favor da república e defendeu com ardor as classes operárias, perdendo grande parte do prestígio.
Em 1851 deixou a política e passou a se dedicar apenas à literatura. Arruinado e endividado, nos últimos anos teve de escrever continuamente. Produziu por isso obras didáticas, entre as quais Cours familier de littérature, em 28 volumes (1856-1869). Lamartine morreu em Paris em 28 de fevereiro de 1869.