Rodolfo Amoedo nasceu em 1857 em Salvador (BA), onde viveu parte da
infância. Em 1874, ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes, no Rio
de Janeiro, onde foi aluno de Zeferino da Costa e Vítor Meireles.
Contemplado com prêmio de viagem à Europa, em 1878, embarcou no ano
seguinte para a França. A partir de 1880, estudou com mestres como
Alexandre Cabanel e Puvis de Chavannes na Escola Nacional de Belas-Artes
de Paris, cidade na qual permaneceu cerca de oito anos e onde realizou
algumas de suas telas mais conhecidas.
Autor de uma obra quase toda centrada na figura humana, Rodolfo Amoedo distinguiu-se sobretudo pelos requintes da técnica e foi também precursor, no Brasil, da restauração de quadros.
Nomeado professor de pintura, em 1888, na mesma Academia Imperial de Belas-Artes da qual havia sido aluno, passou a receber sucessivas e importantes encomendas para a decoração de prédios públicos. Criou painéis para o Supremo Tribunal Federal (1909), para a Biblioteca Nacional, para o Teatro Municipal (1916) e para o Conselho Municipal do Rio de Janeiro (1925), além de retratos de autoridades. Foi mestre de artistas que fariam belas carreiras, como Eliseu Visconti, Batista da Costa e Cândido Portinari.
A maior parte de sua obra, incluindo os quadros "Marabá", "O último tamoio", "Jesus em Cafarnaum", "Jesus no Monte das Oliveiras", "Partida de Jacó" e "Estudo de mulher", encontra-se preservada hoje no Museu Nacional de Belas-Artes. Romântico em "Marabá", herdeiro do academismo de Cabanel em "A partida de Jacó" e do pré-simbolismo de Chavannes em "Narração de Filetas", o pintor se mostrou mais desenvolto e expressivo nos seus pequenos estudos a óleo ou aquarela. Rodolfo Amoedo morreu no Rio de Janeiro RJ em 1941.