ANDREI A. JDANOV - POLÍTICO UCRANIANO

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Andrei Jdanov
Andrei Aleksandrovitch Jdanov nasceu em Mariupol, Ucrânia, em 26 de fevereiro (14 de fevereiro, pelo calendário juliano) de 1896. Membro da facção bolchevique do Partido Comunista desde 1915, Jdanov ascendeu na hierarquia partidária após a revolução de 1917 e ligou-se estreitamente a Stalin, de quem chegou a ser apontado sucessor.

Responsável pela ideologia do Partido Comunista soviético durante a segunda guerra mundial e um dos mentores da guerra fria, Andrei Jdanov foi também o autor de uma política de controle rígido da atividade cultural soviética no pós-guerra.

Tornou-se comandante político de Leningrado (São Petersburgo) e membro do Politburo em 1939. Chefiou a defesa da cidade durante o cerco alemão, de 1941 a 1944, e em 1946 foi designado secretário-geral do partido e chefe do soviete supremo. Atingiu então o auge de sua carreira, como idealizador e executor de uma política cultural altamente repressiva. O "jdanovismo", como essa política ficou conhecida, consistia no rígido controle oficial sobre as artes, as letras e as ciências, inspirado numa tendência marcadamente anti-ocidental. Originalmente aplicada à literatura, ela se disseminou a ponto de afetar todas as esferas da atividade intelectual soviética, inclusive a filosofia, a biologia e a medicina, criando uma barreira difícil de ultrapassar no intercâmbio cultural com o Ocidente. Todos os vestígios de cultura ocidental ou cosmopolita na vida soviética foram minuciosamente investigados. Alguns críticos e historiadores foram mesmo denunciados por opinar que clássicos da literatura russa haviam sido influenciados por Jean-Jacques Rousseau, Molière, Lord Byron e Charles Dickens.

Jdanov foi um dos responsáveis pela criação do Bureau de Informação Comunista (Cominform), órgão soviético incumbido da propaganda, e formulou a teoria da guerra fria. O prestígio de que desfrutava, no entanto, despertou os receios de Stalin, que condenou-o ao ostracismo. Andrei Jdanov morreu em 31 de agosto de 1948, em Moscou. A orientação antiocidental da cultura, porém, continuou até a morte de Stalin, em 1953.

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