ANTÔNIO CANOVA - EXCULTOR ITALIANO

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Antonio Canova
Antonio Canova nasceu em Possagno, república de Veneza, em 1º de novembro de 1757. Órfão desde a infância, foi trabalhar como aprendiz no ateliê de Giuseppe Bernardi, também chamado Torretti, que lhe proporcionou uma formação eminentemente barroca. Em 1779 mudou-se para Roma e estudou as grandes obras clássicas, que exerceram sobre ele profunda impressão.  O grupo "Dédalo e Ícaro", realizado em seu próprio ateliê veneziano, foi a primeira obra a assinalar o abandono do estilo barroco.

Expoente máximo da escultura neoclássica européia, Antonio Canova quis devolver à escultura a simplicidade e a pureza características da antiguidade.

Após dois anos de viagens, quando visitou Nápoles e as ruínas de Herculano e Pompéia, Canova regressou a Roma em 1781 e realizou a obra que lhe deu grande prestígio, "Teseu e o Minotauro", cuja perfeição  anatômica foi possível graças a sua prática diária de desenho. Recebeu depois a incumbência de realizar dois monumentos funerários, dos papas Clemente XIII e  Clemente XIV, ambos em Roma.  Dessa época romana é também a escultura "Eros e Psiquê", da qual realizou duas versões, uma conservada em Paris e outra em São Petersburgo. Nela o artista demonstrou total domínio da estética clássica, sobretudo na textura que deu à pele das figuras e na espontaneidade do panejamento.

Quando Roma foi invadida pelos franceses, Canova transferiu-se para Viena, mas em 1802 aceitou o convite de Napoleão para pintar, em Paris, retratos do imperador e de sua família, idealizados à maneira das esculturas romanas, como se pode observar em "Paulina Borghese como Vênus vencedora", e nas duas estátuas de Napoleão -- uma em bronze e outra em mármore -- nu e de corpo inteiro, completadas em 1811. Um ano antes foi nomeado presidente da Academia de São Carlos, em Roma.

A convite do papa, depois da queda definitiva de Napoleão, Canova regressou a Paris, onde conseguiu a devolução das obras de arte italianas confiscadas durante a invasão napoleônica, fato que lhe valeu o título de marquês de Ischia.

Antonio Canova faleceu em Veneza em 13 de outubro de 1822. Embora sua obra -- como a de todos os neoclássicos -- tenha sido acusada de fria, mais tarde a crítica do século XX reconheceria nele um escultor acadêmico de suma maestria e elegância.

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