CONDE DOS ARCOS - ÚLTIMO VICE-REI DO ESTADO DO BRASIL

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Conde dos Arcos
D. Marcos de Noronha e Brito, oitavo conde dos Arcos de Valdevez, nasceu em Lisboa a 7 de junho de 1771. Ali concluiu sua preparação militar, alcançando o posto de capitão em 1796. Como governador e capitão-general do Grão-Pará e Rio Negro, de 1803 a 1806, realizou melhoramentos urbanos em Belém e estimulou a economia local.

O conde dos Arcos foi o último vice-rei do Estado do Brasil, de 1806 a 1808, pois com a instalação da monarquia portuguesa no Rio de Janeiro o cargo foi extinto.

Nomeado governador e capitão-general da Bahia, em 1809, deu ênfase à educação e à cultura, inaugurando um curso de comércio e outro de medicina e cirurgia; fundou a biblioteca pública e favoreceu a instalação da primeira tipografia, onde foi impresso o jornal A Idade d'Ouro do Brasil; concluiu a construção do teatro São João e da praça do Comércio, atualmente Associação Comercial da Bahia. Na economia, promoveu a navegação no rio Jequitinhonha, o que facilitou o comércio com Minas Gerais, além de difundir máquinas a vapor nos engenhos de açúcar do Nordeste.

Em 1813, reprimiu uma insurreição de escravos muçulmanos (hauçás) em Salvador e no Recôncavo, com condenações à morte, açoite e exílio. Quatro anos depois reprimiu o movimento republicano em Pernambuco. Mandou prender e fuzilar José Inácio de Abreu e Lima, o padre Roma, que tentava aliciar adeptos na Bahia, e presidiu o conselho de guerra que condenou à morte Domingos José Martins, José Luís de Mendonça e Miguel Joaquim de Almeida e Castro, o padre Miguelinho.

Em 1818 regressou ao Rio de Janeiro e integrou o ministério do príncipe-regente D. Pedro, na pasta do Reino e Estrangeiros, mas por exigência da tropa portuguesa foi demitido, suspeito de absolutismo. De volta a Portugal, participou do conselho de Estado, onde apoiou o reconhecimento da independência do Brasil. O conde dos Arcos faleceu em Lisboa a 6 de maio de 1828.

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