JEAN ANOUILH - DRAMATURGO FRANCÊS

Tags

Jean Anouilh
Jean-Marie-Lucien-Pierre Anouilh nasceu em Bordéus, em 23 de junho de 1910. Depois de abandonar os estudos de direito e trabalhar em uma agência de publicidade, escolheu definitivamente o teatro. Publicou sua primeira obra, L'Hermine (O arminho), em 1932 e poucos anos mais tarde alcançou o sucesso com Le Voyageur sans bagage (1937; O viajante sem bagagem) e La Sauvage (1938; A selvagem).
Tendo dedicado toda a vida ao teatro, Jean Anouilh, um dos mais importantes dramaturgos franceses do século XX, tornou-se internacionalmente conhecido depois da segunda guerra mundial.

Em sua obra, reunida em Pièces noires, Pièces roses e Pièces brillantes (Peças negras, Peças cor-de-rosa e Peças brilhantes), pôs em evidência as contradições humanas e afirmou que as pessoas devem enfrentar a verdade se quiserem alcançar a felicidade, inclusive renunciando a esta se, para conquistá-la, for necessário fazer concessões à hipocrisia ou à mediocridade. É essa a atitude da protagonista de Antigone (1944; Antígona), cuja fidelidade aos ideais a conduz à morte.

Com L'Invitation au château (1947; Convite ao castelo), o tom das peças de Anouilh foi-se tornando mais sombrio e pessimista, e aumentaram as alusões sociais e políticas. O autor também continuou usando a história e a lenda como vias de inspiração dramática e de reflexão sobre seu tempo. Exemplo típico desse período é uma de suas obras mais destacadas, L'Alouette (1953; A cotovia), em que refez a aventura de Joana d'Arc, a qual, como Antígona e Thérèse Tarde (personagem de La Sauvage), rejeita a ordem do mundo e sua felicidade banal.

A partir da década de 1960, a obra de Anouilh sofreu a influência do teatro do absurdo, de Eugène Ionesco e Samuel Beckett. Em sua última produção destacam-se Les Poissons rouges (1970; Os peixes vermelhos) e Le Directeur de l'opéra (1972; O diretor da ópera). Jean Anouilh morreu em Lausanne, Suíça, em 3 de outubro de 1987.

CityGlobe

Verox