Agripino Grieco
Agripino Grieco nasceu em Paraíba do Sul RJ, em 15 de outubro de 1888.
Filho de italianos, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1906, onde
trabalhou como funcionário público. Em 1910 estreou com o livro de
poesia Ânforas. Colaborou no Boletim de Ariel e em O Jornal, onde por
algum tempo substituiu Tristão de Ataíde na crítica literária. Dedicava a
maior parte do tempo à leitura e formou uma biblioteca com mais de
cinqüenta mil volumes. Em 1921 reuniu no livro Fetiches e fantoches
artigos publicados nas revistas ABC e Hoje. Poeta, crítico e ensaísta,
tornou-se um dos mais respeitados escritores brasileiros. Sua obra
crítica não pretendia ter compromissos doutrinários: era a glosa ou a
interpretação, impressionista e culta.
A obra crítica de Agripino Grieco notabilizou-se pela verve satírica, que o fez admirado e temido. Embora rigoroso na análise literária, sacrificava, às vezes, a opinião justa em benefício da tirada sarcástica.
Entre seus livros citam-se Evolução da poesia brasileira (1932), Evolução da prosa brasileira (1933) e Poetas e prosadores do Brasil (1968). Deixou ainda suas Memórias. Agripino Grieco morreu no Rio de Janeiro, em 25 de agosto de 1973.