
Abílio Pereira de Almeida nasceu em São Paulo (SP) em 26 de fevereiro de 1906. Formado em direito pela Universidade de São Paulo, estudou também na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e na Escola de Aviação Militar. Entrou para o Exército em 1927 e participou das revoluções de 1930 e 1932. Advogou durante alguns anos quando publicou Prática jurídica e comercial e editou a Revista Judiciária.
As peças teatrais de Abílio Pereira de Almeida obtiveram notável êxito junto ao público, que as considerou espelhos dos descaminhos éticos da sociedade. Para a crítica, porém, encerravam fragilidades inconsistentes com as ambições do autor.
O êxito de peças como Pif-paf (1942) e A mulher do próximo (1948) fez com que ele se tornasse praticamente o único dramaturgo brasileiro a escrever para o famoso Teatro Brasileiro de Comédia. Paiol velho (1951), que Alberto Cavalcanti transformou no filme Terra é sempre terra, trata da decadência da aristocracia rural. Seguiram-se outras peças de intenções moralizantes, como Santa Marta Fabril S.A. (1955), que condenava os que aderiram ao governo central no movimento constitucionalista de 1932, Moral em concordata (1956), libelo contra a prevaricação, e Em moeda corrente do país (1957), sobre a venalidade no serviço público.
Abílio Pereira de Almeida atuou também na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, como ator, diretor e produtor, desde 1950. Suicidou-se em São Paulo em 12 de maio de 1977.