ALBERT SCHWEITZER - FILÓSOFO ALEMÃO

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Albert Schweitzer
Albert Schweitzer nasceu em 14 de janeiro de 1875 em Kaysersberg, Alsácia. Filho de pastor protestante, estudou filosofia e teologia em Estrasburgo e se doutorou em filosofia em 1899, ano em que também foi nomeado vigário-assistente da igreja de São Nicolau, na mesma cidade. Em 1900 recebeu o título de doutor em teologia e em 1902 exerceu a livre-docência na Faculdade de Teologia Protestante da Universidade de Estrasburgo. Ao mesmo tempo, Schweitzer estudava música e se tornou exímio organista. Dedicou-se também à construção desses instrumentos musicais, com a finalidade de torná-los mais adequados à obra de Bach.

Agraciado com o Prêmio Nobel da paz em 1952, o filantropo alemão Albert Schweitzer percorreu o mundo para arrecadar fundos e colher adesões a sua obra humanitária na África.

Com a idade de trinta anos,  decidiu estudar medicina, pois já estava determinado a dedicar-se a obras filantrópicas na África. Sem abandonar seus escritos teológicos, graduou-se em medicina e cirurgia em 1913. Com sua esposa e futura auxiliar partiu para a colônia francesa do Gabão, na África. Em Lambaréné construiu um hospital com a ajuda dos nativos e conseguiu mantê-lo com recursos próprios, assim como mediante o pedido de colaboração junto a particulares e fundações de numerosos países. Durante a primeira guerra mundial, em 1914, foi preso pelas autoridades francesas como inimigo dos aliados, por ser alemão, e repatriado para a Europa. Depois da guerra, reuniu o dinheiro necessário para reconstruir o hospital de Lambaréné dando concertos de órgão, e regressou à África em 1924.

Durante o resto da vida, Schweitzer dividiu o tempo entre as atividades no hospital e as viagens à Europa, onde tocava e fazia palestras a fim de angariar fundos para a obra. Nas décadas posteriores, suas atividades na África tornaram-se públicas em quase todo o mundo e receberam a adesão de profissionais de várias nacionalidades.

Obra. A teologia crítica de Schweitzer já está exposta em sua tese de doutorado, Das Messianitäts-und Leidensgeheimnis (1901; O mistério do messianismo e da Paixão). Escreveu, em francês, um estudo sobre a obra de Bach, Jean-Sébastien Bach: le musicien-poète (1905; Johann Sebastian Bach: o músico-poeta), considerado um dos melhores sobre o tema, embora sua tese sobre a linguagem simbólica dos textos musicais de Bach não seja aceita unanimemente. A principal obra teológica de Schweitzer é Von Reimarus zu Wrede (1906; De Reimarus a Wrede), que tomou, na edição de 1913, o título de Geschichte der Leben Jesu-Forschung (História das pesquisas em torno da vida de Jesus). Schweitzer não acreditava na imagem de um Jesus humanitário e liberal; para ele, os textos evangélicos demonstravam que Jesus teria realmente acreditado em sua missão messiânica, assim como na necessidade de sofrer e de morrer para realizá-la.

Durante o tempo em que se manteve afastado do hospital, Schweitzer escreveu os dois primeiros volumes de Kulturphilosophie (1923; Filosofia e civilização). Expôs nesse trabalho o princípio ético no qual ele depositava a esperança de sobrevivência da própria civilização, sua filosofia do respeito à vida. Publicou a continuação da obra escrita em 1913 sobre teologia, Die Mystik des Apostels Paulus (1930; A mística do apóstolo Paulo) e Die Weltanschauung der indischen Denker (1935; A filosofia dos pensadores indianos). 
Escreveu vários textos sobre sua vida, reunidos na autobiografia Aus meinem Leben und Denken (1931; Da minha vida e do meu pensamento). O discurso que fez ao receber o Prêmio Nobel da paz, Das Problem des Friedens in der heutigen Welt (1954; Problemas da paz no mundo de hoje), popularizou-se em todo o mundo. Albert Schweitzer morreu em Lambaréné, Gabão, em 4 de setembro de 1965.

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