ALESSANDRO MANZONI - ROMANCISTA ITALIANO

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Alessandro Manzoni
Alessandro Manzoni nasceu em Milão, em 7 de março de 1785. Procedente da aristocracia lombarda, educou-se em escolas religiosas. Em 1805 passou a morar com a mãe em Paris e logo introduziu-se nos círculos liberais e anticlericais parisienses. Após casar-se, em 1808, com Henriette Blondel, jovem calvinista convertida ao catolicismo, o próprio Manzoni retornou à fé católica e entregou-se a uma vida de meditação, dividida entre Milão e sua villa de Brusiglio. Produtos desses anos foram os Inni sacri (1815; Hinos sagrados) e o tratado Osservazioni sulla morale cattolica (1819; Observações sobre a moral católica), que mostram o profundo humanismo de suas convicções religiosas.

O célebre romance de Manzoni intitulado I promessi sposi (Os noivos) avivou a chama do nacionalismo italiano e criou um modelo de linguagem literária.

A reputação de Manzoni se firmou com sua ode à revolução piemontesa, "Marzo 1821", e duas tragédias históricas de fundo romântico, Il conte di Carmagnola (1820) e Adelchi (1822), que fizeram sucesso pelo lirismo e marcado vigor patriótico. Com I promessi sposi (1825-1827) Manzoni conseguiu o perfeito equilíbrio estilístico. Ambientada na Lombardia do século XVII, assolada pela peste, com o pano de fundo da dominação espanhola e da guerra dos trinta anos, a obra relata a história do amor de dois jovens camponeses cujo desejo de casar-se enfrentava a oposição do senhor local. O romance é uma bem-sucedida síntese de conteúdo histórico, com apelo ao nacionalismo e ao sentimento cristão, todo ele matizado por uma linguagem fluente e realista. Na reedição da obra em dialeto toscano em 1842, I promessi sposi incluiu o apêndice "La storia della colonna infame" ("A coluna infame"), sobre fato verídico acontecido durante a epidemia de peste em Milão, e proporcionou ao autor celebridade imediata em toda a Europa.

Em seus últimos anos, Manzoni empenhou-se em impor o toscano popular e vivo como língua oficial da Itália, idéia que defendeu em seus trabalhos lingüísticos. Morreu em Milão, em 22 de maio de 1873.

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