Alexandre III da Rússia
Alexandre Alexandrovitch, segundo filho do czar Alexandre II, nasceu em
São Petersburgo em 10 de março (26 de fevereiro no calendário juliano)
de 1845. Sucedeu ao pai por ocasião de seu assassínio, em 1881, embora
não estivesse destinado a reinar (o trono caberia a seu irmão mais velho
Nicolau, morto prematuramente de tuberculose). Entretanto, o temor de
um atentado contra sua vida o fez postergar por dois anos a coroação.
O apoio ao nacionalismo russo e à Igreja Ortodoxa, a rejeição do liberalismo e o fortalecimento da autocracia foram os aspectos mais notáveis do reinado de Alexandre III. Sua vida transcorreu em tom menor, sem grandes altos e baixos, embora ele tenha sabido manter intacto o império.
Durante seu reinado, chegou ao fim a submissão dos turcomanos da Ásia central. Em 1884, ante a iminência de hostilidades com o Reino Unido na fronteira do Afeganistão, rompeu a aliança que o unia aos imperadores da Alemanha e da Áustria e se alinhou claramente ao lado da França.
Em política interna, seu governo teve feição conservadora, de acordo com seu caráter profundamente religioso, autocrata e antiliberal: suprimiu as liberdades dos países bálticos e da Finlândia, perseguiu os judeus e favoreceu a Igreja Ortodoxa Russa. A expansão da grande indústria durante seu reinado modificou profundamente o tecido social do país e propiciou o crescimento de um proletariado urbano que logo se tornou caldo de cultura para a propaganda socialista.
O "czar camponês", assim chamado por seu caráter simples e doméstico, morreu em Livadia, Criméia, em 1o de novembro (20 de outubro) de 1894.