Ataulfo Alves
Ataulfo Alves de Sousa nasceu em Miraí (MG), em 2 de maio de 1909. Com
oito anos fazia versos para responder aos improvisos do pai, que era
violeiro e repentista. Aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ).
No ano seguinte, tornou-se diretor de harmonia do Fale Quem Quiser,
bloco organizado pelos amigos do bairro onde morava, o Rio Comprido. Em
1934, Carmem Miranda gravou seu samba Tempo perdido. O sucesso, no
entanto, só chegou no ano seguinte, com Saudade do meu barracão.
O mito da Amélia, idealização da mulher que aceita tudo por amor, popularizou-se a partir de uma das músicas mais famosas de Ataulfo Alves, composta na década de 1940, em parceria com Mário Lago.
Para os carnavais de 1940 e 1941, compôs Oh! seu Oscar e o Bonde de São Januário, em parceria com Bide, Claudionor Cruz, João Bastos Filho e Wilson Batista. Em 1941, gravou seu primeiro disco como intérprete. No ano seguinte, lançou Ai, que saudades da Amélia, uma de suas músicas mais célebres. Outros sucessos foram: Errei, sim (1950), gravada por Dalva de Oliveira; Pois é... (1955); Mulata assanhada (1956); e Laranja madura (1967). Ataulfo Alves morreu em 20 de abril de 1969, no Rio de Janeiro.