D. Francisco de Almeida nasceu em Lisboa, por volta de 1450. Depois de
ganhar fama em guerras contra os mouros, foi feito vice-rei dos
recém-conquistados territórios na Índia, em março de 1505. Com uma
poderosa frota de 21 navios, dobrou o cabo da Boa Esperança e, subindo a
costa oriental da África, capturou Kilwa (hoje Kilwa Kisiwani, perto da
Tanzânia), onde construiu um forte, e a seguir destruiu Mombaça, antes
de chegar à Índia e sediar seu governo em Cochim. Resolvido a tornar
Portugal a potência máxima no oriente e monopolizar o comércio de
especiarias, construiu uma série de fortes. Concluiu um tratado
comercial com Malaca (hoje Melaka, na Malásia) e realizou novas
explorações, incumbindo seu filho Lourenço de várias delas. Tendo os
árabes e seus aliados, os egípcios, desafiado a liderança portuguesa, D.
Francisco incendiou e saqueou seus portos, derrotando-lhes a esquadra
na costa de Diu, em fevereiro de 1509.
Soldado e explorador, D. Francisco de Almeida foi o primeiro vice-rei da Índia portuguesa e assegurou o domínio luso no oceano Índico.
Quando D. Afonso de Albuquerque chegou a Cochim para substituí-lo, D. Francisco de Almeida, suspeitando da legalidade de sua missão, mandou encarcerá-lo. Em novembro de 1509, porém, foi obrigado a reconhecer a autoridade de Albuquerque e partiu para Portugal no mês seguinte. Ao se abastecer de água em Aguada do Saldanha, perto do cabo da Boa Esperança, foi morto numa escaramuça com hotentotes.