Gilberto de Lima Azevedo Sousa Ferreira Amado de Faria nasceu em
Estância (SE) em 7 de maio de 1887. Diplomado em direito pela Faculdade do
Recife (1909), foi deputado federal (1915) e senador (1927) por
Sergipe, mas encerrou sua carreira política com a revolução de 1930.
Consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores (1934), foi
embaixador em Santiago (1936), Helsinki (1938-1939), Roma (1939-1942) e
Berna (1942-1943). Foi também membro e várias vezes presidente da
Comissão de Direito Internacional da Organização das Nações Unidas.
Gilberto Amado tornou-se escritor de prestígio ao publicar suas memórias, que, pela pureza e fluidez do estilo, garantiram-lhe um lugar entre os grandes mestres do gênero.
Entre os livros de sua primeira fase, muitos relacionados à prática do jornalismo, que iniciou em 1907 no Diário de Pernambuco, estão: As chaves de Salomão e outros escritos (1914), Aparências e realidades (1922), Espírito do nosso tempo (1933). Publicou ainda dois romances: Inocentes e culpados (1941) e Os interesses da companhia (1942).
Em 1954, começou a lançar suas memórias: História de minha infância (1954), Minha formação no Recife (1955), Mocidade no Rio e primeira viagem à Europa (1956), Presença na política (1958) e Depois da política (1960). Em 1963, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Gilberto Amado morreu no Rio de Janeiro RJ em 27 de agosto de 1969.