JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA - ROMANCISTA BRASILEIRO

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José Américo de Almeida
José Américo de Almeida nasceu em Areia (PB), em 10 de janeiro de 1887. Antes de estrear na literatura, com a novela Reflexões de uma cabra (1914), já havia sido promotor em Sousa e procurador-geral do estado. Em 1929, eleito deputado federal, foi depurado ou submetido à "degola" de votos (não reconhecido).

Autor de um célebre romance, A bagaceira (1928), considerado o marco inaugural do ciclo do Nordeste no movimento regionalista da ficção brasileira, José Américo chegou a ter na política projeção superior à que a literatura lhe deu.

Dedicou-se então à advocacia. Foi secretário-geral, secretário do Interior e Justiça e secretário da Segurança Pública da Paraíba no governo de João Pessoa. Vitoriosa a revolução de 1930, foi nomeado interventor na Paraíba e, logo depois, ministro da Viação (1930-1934). Senador e a seguir ministro do Tribunal de Contas da União (1935), rompeu com Getúlio Vargas, quando o Estado Novo frustrou sua candidatura à presidência da república.

Em 1945, com uma histórica entrevista ao Correio da Manhã, contribuiu para derrubar a censura e o regime. Voltou ao Senado em 1946 e reaproximou-se de Vargas (1949). Governador da Paraíba (1951-1953), ocupou de novo a pasta da Viação (1953-1954), mas com a morte de Vargas abandonou a política, recolhendo-se à sua propriedade de Tambaú, em João Pessoa (PB).

Além de A bagaceira, publicou outros dois romances baseados em temática idêntica: O Boqueirão e Coiteiros, ambos de 1935. Deixou ainda alguns volumes de discursos e crônicas e o livro de memórias Antes que me esqueça (1976). Uma grande preocupação social com os problemas da seca e do cangaço, a unir os dois pólos de sua atividade, figurou sempre com destaque na sua prosa criadora e em textos de circunstância. Membro da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou  cadeira no 38, José Américo morreu em João Pessoa em 10 de março de 1980.

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